O Diário 3: A masculinidade
Dois garotos com aparência de treze anos ,pele escura e com roupas rasgadas,me chamaram bastante atenção numa noite fria e sem expectativas de ver shows na rua.
Estava eu no ponto de ônibus, esperando já há quase 30 minutos, quando de lado se aproximaram dois garotos e em suas mãos traziam laranjas e limões.
Começaram ali mesmo, a fazer malabarismo com as frutas – ou melhor, pra eles não eram apenas frutas ricas em vitamina C, mas grandes bolas mágicas, que sem nenhuma lei de gravidade flutuavam e rendiam meu olhar deslumbrado.
Um deles, sem querer deixou cair uma laranja, fazendo com que um carro desgovernado a amassasse. Seus olhos correram atrás do carro, como uma leoa feroz correndo ao encontro da sua nova presa.
Entreolharam-se e falaram sobre o próximo motorista que os daria uma carona e se o desse ainda...
Porém, mais uma coisa me deixou pensativo, enquanto o menino olhava o amigo fazer a enorme façanha (de cativar-me), o outro perguntava que carro estava passando no momento e eles acertavam quase todos os nomes dos veículos, que por ali passavam.
Agora eu lhes pergunto, o porquê de tanta sabedoria de carros?ou será que os seus lazeres eram esse,passar o dia inteiro vendo os luxuosos carros passarem entre eles..ou por que estavam no eterno sinal vermelho, de uma sociedade que sempre está verde pro lado consumista (e todos aqueles istas).
(...) Ou daquela sociedade, que sempre se mostra amarela pra deixar passar aos poucos, aqueles que se acham reis, de um mundo de cercas e de águas de petróleo.
Esqueça, as vezes na teoria dá certo.
Acho que foi apenas um sonho que tive... acordei e os vi discutindo sobre seus desenhos favoritos...desculpa.
(...)
Estava eu no ponto de ônibus, esperando já há quase 30 minutos, quando de lado se aproximaram dois garotos e em suas mãos traziam laranjas e limões.
Começaram ali mesmo, a fazer malabarismo com as frutas – ou melhor, pra eles não eram apenas frutas ricas em vitamina C, mas grandes bolas mágicas, que sem nenhuma lei de gravidade flutuavam e rendiam meu olhar deslumbrado.
Um deles, sem querer deixou cair uma laranja, fazendo com que um carro desgovernado a amassasse. Seus olhos correram atrás do carro, como uma leoa feroz correndo ao encontro da sua nova presa.
Entreolharam-se e falaram sobre o próximo motorista que os daria uma carona e se o desse ainda...
Porém, mais uma coisa me deixou pensativo, enquanto o menino olhava o amigo fazer a enorme façanha (de cativar-me), o outro perguntava que carro estava passando no momento e eles acertavam quase todos os nomes dos veículos, que por ali passavam.
Agora eu lhes pergunto, o porquê de tanta sabedoria de carros?ou será que os seus lazeres eram esse,passar o dia inteiro vendo os luxuosos carros passarem entre eles..ou por que estavam no eterno sinal vermelho, de uma sociedade que sempre está verde pro lado consumista (e todos aqueles istas).
(...) Ou daquela sociedade, que sempre se mostra amarela pra deixar passar aos poucos, aqueles que se acham reis, de um mundo de cercas e de águas de petróleo.
Esqueça, as vezes na teoria dá certo.
Acho que foi apenas um sonho que tive... acordei e os vi discutindo sobre seus desenhos favoritos...desculpa.
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